A crise sanitária global provocada pela Covid-19 impôs um cenário crítico de escassez de recursos médicos. As pessoas com deficiência, nessas circunstâncias, são sujeitadas a maior vulnerabilidade do que ocorreria em circunstâncias normais. À luz dessa realidade, nos propomos a apresentar alguns critérios de alocação de recursos empregados durante a crise, destacando seu caráter nocivo para às pessoas com deficiência, e analisar de que forma o princípio da não-discriminação pode, se tomado como referência, contribuir para a reflexão ética e política (...) sobre os protocolos de racionamento. (shrink)

RESUMO Não há Estado sem os indivíduos. Para Rousseau a construção do Estado requer a participação direta dos cidadãos. A participação ativa dos cidadãos resultará na expressão da vontade geral. É a vontade geral que, via pacto social, dará vida e união ao Estado. O Estado é um projeto de corpo político. A participação ativa dos cidadãos com vistas a impedir a corrupção e a dissolução da sociedade remete à concepção da soberania popular. Nessa modalidade de soberania, os cidadãos seriam (...) capazes de construir e manter os fundamentos da sociedade civil. Rousseau, como um contratualista, pensa a sua época e as soluções políticas para os problemas reais de seu tempo. Portanto, é desse cenário entre a teoria e a prática que Rousseau partirá para configurar a distinção e a relação desse importante tripé: soberano, Legislador e príncipe. ABSTRACT There is no State without subjects. For Rousseau, statebuilding requires the direct participation of citizens. The active participation of citizens will result in the expression of the general will. It is the general will that via social pact, will give life and unity to the state. The state is a political body design. The active participation of citizens in order to prevent corruption and dissolution of the society refers to the conception of popular sovereignty. In this mode of sovereignty, citizens would be able to build and maintain the foundations of civil society. Rousseau, as a contractualist, thinks his time and political solutions for the real issues of his time. So it is this scenario between theory and practice, which Rousseau will start to set up the distinction and the relationship of this important tripod: Sovereign, Legislator and Prince. (shrink)

A base de todas as discussões políticas de John Locke é o conceito de direito natural; e o desenvolvimento das suas ideias políticas é acompanhado pelas interpretações que ele nos deu deste conceito, em especial daquelas que norteiam as suas concepções de liberdade e propriedade. Locke argumenta que não é a força nem a tradição, mas somente o “consentimento” expresso dos governados que se constitui como a única fonte de um poder político que se quer legítimo. Tal consentimento deriva-se da (...) liberdade que existe no estado de natureza e fundamentará os alicerces da sociedade civil. (shrink)

Este estudo teve como objetivo investigar a qualidade de vida em pessoas com câncer que buscam assistência em casas de apoio. A amostra foi composta por mulheres (82,5%) e homens (17,5%), (N=57). A metodologia foi quanti-qualitativa. Utilizou-se um questionário sócio demográfico, a escala de qualida..

Este dossiê representa a continuidade de um projecto que tem procurado debater publi­camente o património dos agentes ligados à produção e circulação do livro. Centrando-se nos espólios dos livreiros, a introdução problematizante e os depoimentos procuram dis­cutir o seu carácter invisível enquanto objecto de pesquisa, salvaguarda e divulgação. Há, então, uma reflexão que urge fazer, à semelhança do que ocorre com o património dos edi­tores (arquivos históricos e não só), no sentido de reconhecer o estatuto patrimonial e histó­rico dos acervos (...) dos livreiros e das livrarias enquanto espaços fundamentais da construção da cultura impressa e da história do livro e da edição. Mas é também urgente conferir ao debate um cunho de acção e de cooperação inter-institucional que suscitem uma sensibili­dade política e o aparecimento de possibilidades concretas de salvamento, recolha e depó­sito sistemático de um dos mais fundamentais elementos da memória colectiva escrita. Os depoimentos referidos são de Fátima Ribeiro de Medeiros e dos Livreiros da Sá da Costa. (shrink)

Analisa as relações teóricas e empíricas entre os termos “Competência em Informação” e “Inclusão Digital”; “Competência Informacional” e “Inclusão Digital”; “Competência Crítica em Informação” e “Inclusão Digital”. De natureza básica, bibliográfica, documental, descritiva e análise de conteúdo. Para tanto, utiliza-se o método quali-quantitativo. Como resultado, afirma-se que, o principal desafio da CoInfo na conjuntura atual estar centrado nos processos de exclusão digital sistêmica em escala global, à medida que não há Sociedade da Informação sem consciência cidadã, bem como justiça epistêmica (...) na era digital. Portanto, afirmar-se que, a aquisição de CoInfo vai de encontro a apropriação oportunista dialética dos políticos, que, usam a inclusão digital como algo feito e acabado simplesmente pela doação e instalação de kits de computadores e acesso à internet no Brasil, nos últimos 23 anos de implantação da sociedade da informação. (shrink)

Esta investigação, partindo do diagnóstico da modernidade empreendido por Alasdair MacIntyre, destina-se a avaliar a possibilidade de conciliação entre o discurso universalizante dos direitos humanos e a ética particularista sustentada pelo autor citado a partir do referencial ético aristotélico. A convergência entre os bens individuais, consubstanciados em direitos, e o bem comum, componente essencial da prática e do pensamento éticos, pode representar relevante contribuição teórica no campo de estudos dos direitos humanos. Neste trabalho, dada a limitação da sua natureza, intentou-se (...) analisar os três problemas intrínsecos à concepção de direitos, conforme a perspectiva de MacIntyre: a) a ideia de que sujeitos de direitos são indivíduos morais autônomos e plenamente independentes; b) a separação do bem individual do bem comum; c) a deflação da razão prática comunitária, em relação à racionalidade individual. O trabalho empreendido teve como resultado uma exposição analítica dos pontos de contraste entre a perspectiva dos direitos humanos e a ética conforme compreendida por MacIntyre, necessária para preparar bases de uma possível reconciliação entre ambas. (shrink)

Requirements for business ethics education and organizational ethics trainings mark an important step in encouraging ethical behavior among business students and professionals. However, the lack of specificity in these guidelines as to how, what, and where business ethics should be taught has led to stark differences in approaches and content. The present effort uses meta-analytic procedures to examine the effectiveness of current approaches across organizational ethics trainings and business school courses. to provide practical suggestions for business ethics interventions and research. (...) Thus, the primary questions driving this research are as follows: what course characteristics moderate the effectiveness of ethics instruction?, and have ethics education and training efforts improved? Findings suggest that professional, focused, and workshop-based training programs are especially effective for improving business ethics. However, results also reveal considerable problems with many of the criteria used to evaluate the effectiveness of business ethics interventions. Practical suggestions for course design and evaluation in business ethics efforts are discussed along with future research needs. (shrink)

O artigo propõe e desenvolve um esquema analítico baseado no neo-institucionalismohistórico para compreender e explicar a gênese da capacidade estatal a partir devariáveis exclusivamente políticas. Tomando como problema o caso do aumento exponencialdo poder estatal durante o regime do Estado Novo no Brasil (1937-1945), procura-serefletir sobre os determinantes empíricos e, derivados deles, os critérios teóricos responsáveispor dar conta de três acontecimentos simultâneos: a centralização decisória no topodo executivo federal; a influência das instituições formais de governo sobre o processo deseleção e (...) recrutamento do pessoal político; e a divisão desigual do poder de decidir entreos diferentes grupos da elite dirigente. Esses três processos estão na base da construçãoda autoridade do Estado sobre a sociedade (a “soberania”) e da nacionalização das estruturasde dominação. Eles funcionaram como precondição para a mudança no modelo dedesenvolvimento econômico na primeira metade do século XX. Por contraste, essasvariáveis podem servir para pensar o movimento oposto em fins do século XX, onde há,como efeito da “crise do Estado nacional-desenvolvimentista”, uma erosão da capacidadeestatal e a constituição de uma nova dependência econômica. (shrink)

The therapeutic misconception has been seen as presenting an ethical problem because failure to distinguish the aims of research participation from those receiving ordinary treatment may seriously undermine the informed consent of research subjects. Hence, most theoretical and empirical work on the problems of the therapeutic misconception has been directed to evaluate whether, and to what degree, this confusion invalidates the consent of subjects. We argue here that this focus on the understanding component of informed consent, while important, might be (...) too narrow to capture the ethical complexity of the therapeutic misconception. We show that concerns about misplaced trust and exploitation of such trust are also relevant, and ought to be taken into account, when considering why the therapeutic misconception matters ethically. (shrink)

Although science is our most reliable producer of knowledge, it can also be used to create ignorance, unjustified doubt, and misinformation. In doing so, agnotological practices result not only in epistemic harms but also in social ones. A way to prevent or minimise such harms is to impede these ignorance-producing practices. In this paper, I explore various challenges to such a proposal. I first argue that reliably identifying agnotological practices in a way that permits the prevention of relevant harms is (...) more difficult than it might appear. I focus on an identifying criterion that many find apt for the task: bad faith motives. I then consider an objection—that reliable criteria are unnecessary to successfully address the concerns raised by agnotological strategies—and I show that it fails. I conclude by exploring other ways of conceptualising the problems attributed to agnotological practices. In particular, I challenge the focus on misinformation as the main problem of concern. (shrink)

We study a modal language for negative operators—an intuitionistic-like negation and its paraconsistent dual—added to (bounded) distributive lattices. For each non-classical negation an extra operator is hereby adjoined in order to allow for standard logical inferences to be opportunely restored. We present abstract characterizations and exhibit the main properties of each kind of negative modality, as well as of the associated connectives that express consistency and determinedness at the object-language level. Appropriate sequent-style proof systems and adequate kripke semantics are also (...) introduced, characterizing the minimal normal logic and a few other basic logics containing such negative modalities and their companions. (shrink)

This paper tries to disclose the abstract manner in which orthodox theories of ‘welfare’ conceive of social values (ethics) and the consequences of such subjective treatment of values for theory itself and for praxis. The interest here resides particularly in the demonstration that the abstract articulation of social values stems from the admission of determinate ontological tenets, which characterise a profoundly conservative worldview. As the realisation of some of the values considered by orthodox theories of ‘welfare’ (such as the value (...) of equality) demands a truly transformative praxis, it is obstructed a priori. To overcome this continued frustration and finally realise social values, economists reclaim the idea of state intervention. The question then is whether the state has the capacity to radically modify social reality. (shrink)

Para poder encontrar uma base comum de justificação de princípios e normas que,sob condições de um pluralismo social e cultural, pudessem ser publicamente reconhecidos,John Rawls e Jürgen Habermas fazem uma reconstrução do ponto de vista sob o qualé possível fundamentar imparcialmente normas de ação. Mas de acordo com a concepçãohabermasiana de democracia, a legitimidade das normas depende da institucionalização deprocedimentos que promovem a deliberação e aumentam as chances de se alcançardecisões válidas de acordo com o uso público da razão. Esse (...) procedimento se refere à trocadiscursiva de razões na qual os participantes buscam chegar a um acordo somente combase no melhor argumento, ancorando a validade das normas na possibilidade de um acordoracionalmente fundamentado por parte de todos os possíveis concernidos, consideradosparticipantes em discursos racionais. (shrink)

Gender seems to be everywhere in the norms governing our social world: from how to be a good friend and how to walk, to children’s clothes. It is not surprising then that a difficulty in identifying someone’s gender is often a source of discomfort and even anxiety. Numerous theorists, including Judith Butler and Charlotte Witt, have noted that gender is unlike other important social differences, such as professional occupation or religious affiliation. It has a special centrality, ubiquity and importance in (...) social practices. This observation moves us away from the classic philosophical question ‘what is gender?’ towards a more underappreciated one: ‘what is the role of gender’? To answer this question, I introduce the notion of social standing, which refers to our ability to enter into social relations. Social standing distinctions are an important feature of human societies. However, our existing philosophical tools do not adequately capture this notion: it is neither a moral distinction, nor is it reducible to hierarchy. I offer a conception of our entry into social relations as always conditioned by various shared representational assumptions about social subjects. When individuals are anomalous with respect to those assumptions, their social standing is in doubt. This explains important forms of uncommon and peculiar treatment across societies. I argue that forms of social devaluation on the basis of severe and visible disability in our society are central examples of diminished social standing. In our social context, being hard to recognize through the matrix of gender makes one representationally anomalous and imperils one’s social standing. Gender plays a fundamental role because gender legibility is a precondition for full social standing. Gender norms parallel ‘ability norms’ in this respect, linking notions of normalcy in scholarship on gender and in scholarship on disability. Social standing also explains two key phenomena about gender. Firstly, it tells us why our social practices and norms are pervasively gendered. Given the performative and relational nature of gendered positions, this is necessary for constant gender legibility. Secondly, social standing recognition accounts for social anxiety phenomena around gender ambiguity. These phenomena are reactions to anomaly as a threat to our social systems of meaning. In the final part of my dissertation, I consider some political consequences of my view. Understanding this special role of gender allows us to identify a distinct type of backlash to feminist social change that is particularly insidious. It is not driven by the hierarchical investments of the most gender-privileged, but rather by our collective investment in gender as a system of social coordination. I explore 2000s ‘raunch feminism’ to argue for this hypothesis. Gender’s role as a conditioning parameter of social standing puts systematic pressure on all would-be social subjects to be gender legible. This requires that individuals position themselves in recognizably gendered ways within social practices. But when gender differentiation is eroded, this positioning becomes tricky. This gives rise to a disorientation I call ‘meaning vertigo’. Meaning vertigo prompts attempts at reinstating a clear gendered system. In the process, gender equality suffers a serious set-back. To make substantial feminist progress, we must unseat gender from its central position in social domains like sexuality. I suggest that the best way to do this may be by foregrounding other aspects of social identity as systems of social coordination, instead of working on gender directly. (shrink)

This study aims to map out the relationships that make up green innovation initiatives in Brazilian industry. The sample comprised 100 managers at manufacturing companies, most of them operating in the business of farm machinery and equipment and steel structures. To develop this study, Medeiros et al. study, mapping critical factors that drive the success of green product innovation and the paradigm of complexity, was used as a reference study. Based on the results, it was possible to identify that (...) the operational dynamic of the factors and variables that affect market success do not happen in an isolated or fragmented way; they occur systematically with different contingencies and structured basic and intermediate skills in order to meet the expectations of consumers, laws, and environmental legislation. Initially, the technological expertise factor was noted as very important for sustaining green product innovation. Furthermore, since proactive leaders are an important factor for successfully developing environmentally sustainable products, it must be added to technological expertise as the foundation for developing green innovation. After defining the basis for green product innovation, the intermediary conditions necessary for using the available technology appropriately were mapped out. In this sense, variables such as “elimination of cultural barriers,” “capacity for critical reflective analysis,” and “experimentation” are also very important. In addition, some of the variables of the cross-functional collaboration and market knowledge factors were a part of the structure that organizations need to transform potential into developing green products, which is the basis for the third level of the model. The fourth level of the model has the “meeting consumer expectations” and “following law and legislation” factors, which make up the main goals for developing environmentally sustainable products according to a number of surveys that were conducted. (shrink)

Language does not fossilize but this does not mean that the language's evolutionary timeline is lost forever. Great apes provide a window back in time on our last prelinguistic ancestor's communication and cognition. Phylogeny and cladistics implicitly conjure Pan (chimpanzees, bonobos) as a superior (often the only) model for language evolution compared with earlier diverging lineages, Gorilla and Pongo (orangutans). Here, in reviewing the literature, it is shown that Pan do not surpass other great apes along genetic, cognitive, ecologic, or (...) vocal traits that are putatively paramount for language onset and evolution. Instead, revived herein is the idea that only by abandoning single‐species models and learning about the variation among great apes, there might be a chance to retrieve lost fragments of the evolutionary timeline of language. (shrink)

O trabalho de Kurt Goldstein ainda é pouco conhecido no Brasil. Sendo um dos fatores quedificultam o acesso aos seus escritos a ausência de traduções das suas obras para a línguaportuguesa. No entanto, sua influência está presente em diversas áreas do conhecimento, aexemplo da Neurologia, Neuropsicologia, Psicologia e Filosofia. Desse modo, com o intuitode resgatar os fundamentos de conhecimentos e práticas realizadas nos camposinfluenciados por ele, esse artigo apresenta uma introdução à sua obra. Foram utilizadoscomo base os escritos The Organism: (...) A holistic approach to biology derived frompathological data in man e Human Nature in the light of psychopathology. A partir daanálise dessas obras foram selecionados três grandes temas a serem explorados: a questãodo método para o autor, a teoria do organismo apresentada por ele e a noção de naturezahumana presente em seus trabalhos. Por meio dessa retomada da obra do autor, pretendeseapontar para sua “fenomenologia”, além de abrir caminho para novas discussões sobresua influência. (shrink)

Este trabalho apresenta algumas considerações do pensador italiano Gianni Vattimo acerca da religião na idade contemporânea. O referido filósofo tem como base de suas reflexões a ideia de uma filosofia pós-moderna que se caracteriza pela desconstrução da metafísica da tradição moderna. Nesse sentido, o autor visualiza nas filosofias de Nietzsche e Heidegger a inauguração de uma nova orientação do pensamento ocidental, marcada por esse rompimento com as filosofias totalizantes e pela consideração do ser como resultado das circunstancias eventuais que compõem (...) a experiência existencial. A religião, por sua vez, não acompanhou tal movimento, mas conservou um pensamento marcado ainda pela estrutura da metafísica tradicional, por isso, não se encontra em condições de responder às atuais demandas deste mundo plural. O autor sinaliza para a necessidade da abdicação das estruturas dogmáticas e dos fundamentalismos da religião como meio para a abertura ao diálogo inter-religioso e intercultural. (shrink)

I seek to show in this paper how, in addressing the concept of “I” and the question of self-knowledge in the Critique of Pure Reason, one encounters a paradox, which is essentially a consequence of the doctrine of transcendental idealism. I point to Kant's concept of “I” and its three co-constitutive perspectives. The importance of the concept of subject and its intertwining with the concept of reason is pointed out, as also how these two concepts appear in the text of (...) the Critique of Pure Reason as presuppositions. Subsequently, I deal with some basic questions of transcendental idealism. Finally, I briefly present the three perspectives of the "I": as a phenomenon, as a transcendental structure, and as a noumenon. I conclude by bringing back what Kant himself conceives as a paradox, which is the subject’s self-affection, and the relation between the subject as noumenon and as inner sense. (shrink)

No presente artigo, elucidaremos como a ideia de inferência abdutiva peirceana é apresentada, bem como seu duplo aspecto, formal e explicativo, não tem uma resolução bem definida e torna-se problemática ao buscar uma definição clara e distinta ao termo. Isto indica, para nós, uma infiltração de um tipo distinto de raciocínio. A partir do esclarecimento contextual dos termos e da discussão proposta acerca do que tomamos por raciocínio inferencial, buscaremos defender a existência de um quarto tipo além do dedutivo, indutivo (...) e abdutivo – evidenciado em parte por essa aparente dualidade na noção peirceana de abdução e também por raciocínios defendidos como subgrupos de outros – denominado aqui de raciocínio condutivo ou heurístico. Ao final, realizaremos reflexões sobre as características da Condução, bem como propormos estudos futuros voltados a uma análise conceitual mais ampla sobre sua legitimidade. (shrink)

It is argued here that bioethicists might inadvertently be promoting genetic determinism: the idea that genes alone determine human traits and behaviours. Discussions about genetic testing are used to exemplify how they might be doing so. Quite often bioethicists use clinical cases to support particular moral obligations or rights as if these cases were representative of the kind of information we can acquire about human diseases through genetic testing, when they are not. On other occasions, the clinical cases are presented (...) in simplistic ways that portray genetic testing as yielding information more accurate than it actually is. It is concluded that, because of the problematic implications that the ideology of genetic determinism might have for individuals’ wellbeing and for our public policies, bioethicists should be careful to present these issues in ways that do not promote questionable ideas about the causal role of genes in human diseases and behaviours. (shrink)

The lack of public support for climate change policies and refusals to vaccinate children are just two alarming illustrations of the impacts of dissent about scientific claims. Dissent can lead to confusion, false beliefs, and widespread public doubt about highly justified scientific evidence. Even more dangerously, it has begun to corrode the very authority of scientific consensus and knowledge. Deployed aggressively and to political ends, some dissent can intimidate scientists, stymie research, and lead both the public and policymakers to oppose (...) important public policies firmly rooted in science. -/- To criticize dissent is, however, a fraught exercise. Skepticism and fearless debate are key to the scientific process, making it both vital and incredibly difficult to characterize and identify dissent that is problematic in its approach and consequences. Indeed, as de Melo-Martín and Intemann show, the criteria commonly proposed as means of identifying inappropriate dissent are flawed and the strategies generally recommended to tackle such dissent are not only ineffective but could even make the situation worse. -/- The Fight Against Doubt proposes that progress on this front can best be achieved by enhancing the trustworthiness of the scientific community and by being more realistic about the limits of science when it comes to policymaking. It shows that a richer understanding of the context in which science operates is needed to disarm problematic dissent and those who deploy it. This, the authors argue, is the best way forward, rather than diagnosing the many instances of wrong-headed dissent. (shrink)

The argument from inductive risk has been embraced by many as a successful account of the role of values in science that challenges the value-free ideal. We argue that it is not obvious that the argument from inductive risk actually undermines the value-free ideal. This is because the inductive risk argument endorses an assumption held by proponents of the value-free ideal: that contextual values never play an appropriate role in determining evidence. We show that challenging the value-free ideal ultimately requires (...) rejecting this assumption. (shrink)